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domingo, 8 de maio de 2011

FUI, SOU... QUE BOM: SEMPRE SEREI!

Caros dois ou três on line como eu, bom dia, boa tarde, boa noite!

Algum de vocês já teve um verdadeiro encontro com o passado? Não, não estou sugerindo uma viagem numa máquina de lavar do tempo, nem aquele método de regressão muito suspeito... Eu sempre tive a impressão que sempre fui quem sou, que nunca mudei, e acho que não sou o único a pensar assim. O tempo parece que só passa pra os outros e, fora uns cabelos brancos ou a menos aqui e ali, nem notamos que o tempo também passa voando por nós.

Pois vejam, uma pessoa maravilhosa na minha vida, amiga especialíssima, apresentou-me essa semana duas cartas que lhe escrevi há uns quinze anos (precisa entregar...?), e ela as tinha guardadas nos envelopes originais, muito bem dobradas como eu mesmo havia feito. Quando ela me disse que tinha algo pra mostrar suspeitei que eram as cartas, mas minha imaginação não previu as surpresas que teria ao reencontrar comigo quinze anos mais novo.

O primeiro susto fabuloso foi saber que tive essa idade: catorze, quinze. Percebi isso nas bobagens que escrevi julgando serem palavras sábias, bem elaboradas, persuasivas... Lê-las depois de tanto tempo causou o espanto em quem sempre acreditou nunca ter tido adolescência direito. E num momento mágico essa crença se desfez. Ao contrário do que parecia ser o caso de um indivíduo que só tinha uma idade, a de hoje, fui na época ideal, um menino bobo também, como qualquer outro.

Mas o segundo susto foi ainda maior e mais bonito. O que não mudou da época da carta aos dias atuais e, na verdade parece que sempre foi do mesmo jeito, não foi minha idade, mas meu modo de falar de amor. Já se passaram quase trinta anos de vida e eu continuo acreditando e falando de amor como um pirralho. Nem as desilusões com amigos ou amores, nem os perrengues da vida causaram mudanças: Permanece constante minha procura pelo coração do outro; procuro, como sempre fiz, abrir no rosto dos meus afetos um sorriso que brota, na verdade, perto do coração.

Fiquei muito feliz com esse segundo susto e agradeci muito a essa querida pessoa, por uma viagem tão gratificante ao passado. A gente seca durante a vida. As dificuldades nos tornam mais frios, mais distantes, mais tristes, raivosos. Pois quase trinta anos já foram e continuo firme como um garoto (e pode?!) vivendo, falando, abrindo sorrisos em nome do amor. E meu desejo profundo é que, nessa parte da minha vida, eu continue sendo apenas um menino bobo. Aos que leram pacientemente até aqui, em matéria de amor e mesmo que com quinze, vinte, quarenta, oitenta anos, desejo que vocês sejam sempre crianças piegas desavergonhadas. 

Uma semana cheia de bons sentimentos pra todos vocês!

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